O CASARÃO MAL ASSOMBRADO DO TRIGUEIRO
Consta que só no final do século XVIII por volta do ano de 1794 foi
concluído o grande casarão da fazenda trigueiro de propriedade da família
Diógenes. Tudo foi idealizado pelo avô de José Denis Diógenes (Zé Denis), o
fazendeiro dono de escravos Napoleão Diógenes Pães Botão um homem de negócios
bem sucedidos que implementava o crescimento econômico da região fronteiriça
entre o Ceará e o Rio Grande do Norte. Existem relatos que a areia para
construção do casarão foi trazida das margens do rio Jaguaribe por escravos a
uma distância de mais de 40 km. O casarão tem trinta e oito cômodos com portas
e janelas aproximadamente com dois metros de altura, uma porta com uma enorme
chave suíça que separa o térreo com o andar superior, um corredor imenso onde
tem uma mesa muito grande que comporta mais de trinta cadeiras. Posso afirmar
tudo isso porque já passei férias na fazenda com alguns amigos e ouvi também
muitas coisas estranhas como Zé Denis relata em uma reportagem concedida em
2011 a TV Cidade de Fortaleza emissora afiliada a TV Record a época, onde ele
diz que no casarão ouve-se choro de crianças, pessoas tocando violão, sanfona,
tirando sela de animais, batidas de pilão e corretes sendo arrastadas pelo
chão. Com o falecimento do fazendeiro Napoleão Diógenes, assumiu a fazenda seu
filho José Diógenes Maia conhecido como "Coronel Zé Diógenes", um
político que deixou suas atividades para se dedicar exclusivamente a
agropecuária onde obteve um sucesso esplendoroso chegando a possuir muitas
propriedades em várias localidades da região. Zé Diógenes casou-se duas vezes,
com dona Tereza Dantas sua primeira esposa conceberam nove filhas, já com dona
Delcides Vieira a segunda esposa, curiosamente tiveram cinco filhos, José Denis
(Zé Denis), José Demes (Ciciu), José Disnei (Dêa), José Diógenes (Diógenes), e
o caçula já falecido José Napoleão (Napoleão), que recebeu o nome do seu avô. Com
o falecimento do coronel Zé Diógenes, após alguns anos dona Delcides casou-se
com Manoel Messias da Costa conhecido como (Manoel Franco), e concebe mais
quatro filhos, Delanio (falecido recentemente), Danúbio, Danúcio e Danilson,
todos meus amigos com quem tive o prazer de conviver por alguns anos, sendo que
com os irmãos da família Diógenes eu tive mais afinidade por sermos da mesma
faixa etária e por termos estudado por vários anos nas mesmas escolas tanto
particular como no grupo escolar Virgílio Correia Lima e no Ginásio Ovídio
Diógenes.